Ana

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domingo, 28 de março de 2010

Poema Annabel Lee

Esse é o poema que eternizou a amada de Allan Poe

Annabel Lee

Foi há muitos e muitos anos já,
Num reino de ao pé do mar.
Como sabeis todos, vivia lá
Aquela que eu soube amar;
E vivia sem outro pensamento
Que amar-me e eu a adorar
Eu era criança e ela era criança,
Neste reino ao pé do mar;
Mas o nosso amor era mais que amor -
O meu e o dela a amar;
Um amor que os anjos do céu vieram
a ambos nós invejar.
E foi esta a razão por que, há muitos anos,
Neste reino ao pé do mar,
Um vento saiu duma nuvem, gelando
A linda que eu soube amar;
E o seu parente fidalgo veio
De longe a me a tirar,
Para a fechar num sepulcro
Neste reino ao pé do mar.
E os anjos, menos felizes no céu,
Ainda a nos invejar...
Sim, foi essa a razão (como sabem todos,
Neste reino ao pé do mar)
Que o vento saiu da nuvem de noite
Gelando e matando a que eu soube amar.
Mas o nosso amor era mais que o amor
De muitos mais velhos a amar,
De muitos de mais meditar,
E nem os anjos do céu lá em cima,
Nem demônios debaixo do mar
Poderão separar a minha alma da alma
Da linda que eu soube amar.
Porque os luares tristonhos só me trazem sonhos
Da linda que eu soube amar;
E as estrelas nos ares só me lembram olhares
Da linda que eu soube amar;
E assim 'stou deitado toda a noite ao lado
Do meu anjo, meu anjo, meu sonho e meu fado,
No sepulcro ao pé do mar,
Ao pé do murmúrio do mar.

Biografia de Edgar Allan Poe

Edgar Allan Poe nasceu em Boston, no dia 19 de Janeiro de 1809. Seu avô David Poe participou da Guerra da Independência, e seu pai (também chamado David Poe) apaixonou-se pela atriz inglesa Elisabeth Arnold, casando-se com ela. Edgar Allan Poe teve dois irmãos e seus pais faleceram pouco tempo depois do nascimento de Rosalie, a filha mais nova do casal. Porém, não ficaram desamparados e foram adotados pelo rico casal John Allan e Frances Keeling Allan.

Poe estudou em Londres na Stoke-Newington; algum tempo depois continuou seus estudos de volta a Richmond, na Universidade Charlotteville. Allan Poe, apesar de muito inteligente era também muito genioso, e isto lhe valeu a expulsão desta universidade.

Edgar Allan Poe era um jovem aventureiro, romântico, orgulhoso e idealista. Continuou seus estudos em Virgínia, mas também foi expulso por não se enquadrar nos padrões comportamentais daquela época. Na verdade, Allan Poe era um boêmio que vivia no luxo, se entregando à bebida, ao jogo e às mulheres. Mais tarde, foi para a Grécia e ingressou no exército lutando contra os turcos.

Porém, suas ambições militares não vingaram, e perdeu-se nos Balcans chegando até a Rússia, sendo repatriado pelo cônsul americano. De volta a América, descobre que sua mãe adotiva havia falecido.

Logo após, alista-se num Batalhão de artilharia e matricula-se na Academia Militar de West Point. Mas com o lançamento de uma compilação de poesias em 1831, desliga-se da Academia e corta relações com seu pai adotivo, devido ao casamento com outra mulher, o que teria deixado Poe muito contrariado.

Aos 22 anos, vivendo na miséria, publica Poemas. Já em Baltimore procura pelo irmão Willian e assiste a morte dele. Allan Poe passa a viver com uma tia muito pobre e viúva com duas filhas. Durante dois anos vive em miséria profunda. Mas vence dois concursos de poesias e o editor Thomaz White entrega-lhe a direção do "Southern Literary Messenger".

Em 1833 lança Uma aventura sem paralelo de um certo Hans Pfaal. Dirige a revista por dois anos. Allan Poe gozava de uma certa reputação com leitores assíduos. Depois de sua vida estabilizada, aos 27 anos casa-se com sua prima de 13 anos, Virgínia Clemn. No ano de 1838 trabalha na Button’s Gentleman Magazine na companhia de sua esposa. O casal vivera na Filadélfia, Nova York e Fordham. Em 1847, sofre com a morte de sua esposa vitimada pela tuberculose.

Em 1849, Allan Poe lança O Corvo. Eureka e Romance Cosmogônico lhe atribuem a fama necessária para provocar a censura da imprensa e da sociedade. Desiludido, volta para Richmore e depois vai para Nova York e entrega-se à bebida. Antes de seguir para a Filadélfia, resolve encontrar-se com velhos amigos. Na manhã seguinte, Poe é encontrado por um amigo em estado de profundo desespero, largado numa taberna sórdida, de onde o transportaram imediatamente para um hospital. Estava inconsciente e moribundo. Ali permaneceu, delirando e chamando repetidamente por um misterioso "Reynolds", até morrer, na manhã do domingo seguinte, aos 39 anos e deixando uma vasta obra em sua vida de sacrifícios e desordem. Era 7 de outubro de 1849, e os Estados Unidos perdiam um de seus maiores escritores. Até hoje não se sabe ao certo o que tenha acontecido naquela noite. Teria o autor, sido vítima da loucura que em tantos contos narrou? Muitos afirmam que tenha sido vítima de uma quadrilha que o envenenou, mas o mais certo é que tenha tido uma overdose de ópio.

Poe escreveu novelas, contos e poemas, exercendo larga influência em autores fundamentais como Baudelaire, Maupassant e Dostoievski. Mas admite-se que seu maior talento era em escrever contos. Escreveu contos de horror ou "gótico" e contos analíticos, policiais. Os contos de horror apresentam invariavelmente personagens doentias, obsessivas, fascinadas pela morte, vocacionadas para o crime, dominadas por maldições hereditárias, seres que oscilam entre a lucidez e a loucura, vivendo numa espécie de transe, como espectros assustadores de um terrível pesadelo. Entre os contos, destacam-se O gato preto, Ligéia, Coração denunciador, A queda da casa de Usher, O poço e o pêndulo, Berenice e O barril de amontillado. Os contos analíticos, de raciocínio ou policiais, entre os quais figuram os antológicos Assassinato de Maria Roget, Os crimes da Rua Morgue e A carta roubada, ao contrário dos contos de horror, primam pela lógica rigorosa e pela dedução intelectual que permitem o desvendamento de crimes misteriosos.

Em seus contos, Poe se concentrava no terror psicológico, vindo do interior de seus personagens ao contrário dos demais autores que se concentravam no terror externo, no terror visual se valendo apenas de aspectos ambientais.

Geralmente, os personagens sofriam de um terror avassalador, fruto de suas próprias fobias e pesadelos, que quase sempre eram um retrato do próprio autor, que sempre teve sua vida regida por um cruel e terrível destino. Nenhum de seus contos é narrado em terceira pessoa, desse modo, vê-se como realmente é sempre "ele" que vê, que sente, que ouve e que vive o mais profundo e escandente terror. São relatos em que o delírio do personagem se mistura de tal maneira à realidade que não se consegue mais diferenciar se o perigo é concreto ou se trata apenas de ilusões produzidas por uma mente atormentada.

Em quase todos os contos, sempre há um mergulho, em certas profundezas da alma humana, em certos estados mórbidos da mente, em recônditos desvãos do subconsciente. Por esses aspectos a psicanálise lança-se ao estudo da obra de Poe, já que a mesma possui uma grande leva de exemplos que ilustram suas demonstrações. Independentemente desse aspecto, sua obra é lembrada pelo talento narrativo impressionante e impressivo, pela força criadora monumental e pela realização artística invejável, fazendo com que Edgar Allan Poe seja considerado um dos maiores autores de contos de terror.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Em algum lugar do arco-íris

Citado por Pedro Bial no dia 24, domingo numa das eliminações do BBB:

Em algum lugar além do arco-íris
Bem lá encima
Tem uma terra, que eu ouvi falar uma vez
Numa canção de ninar
Em algum lugar além do arco-íris
O céu é azul
E os sonhos que você ousa sonhar
Se realizam mesmo.
Um dia eu vou pedir a uma estrela
E acordar onde as nuvens estão distantes atrás de mim...
Onde problemas têm gosto de bala de limão
Acima das chaminés
É onde você irá me encontrar
Em algum lugar
Além do arco-íris
Pássaros azuis voam
Pássaros voam além do arco-íris
Então por que eu não posso?
Se todos aqueles pequenos pássaros azuis voam
Além do arco-íris
Por que, oh, porque... não posso?

Cuidado Meninas!

Nem tudo que parece é....

"A última bolacha do pacote costuma estar mofada..."

"O rei da cocada faz propaganda mas, vende cocada azeda..."

"O último picolé do verão costuma estar amarrotado, quebrado e com a data de validade vencida..."

Beijinhos...

domingo, 21 de março de 2010

Vinícius de Moraes

“De manhã escureço
De dia tardo
De tarde amanheço
De noite ardo
A oeste a morte conta a quem vivo
Do sul cativo
Oeste é meu norte
Outros que contem passo por passo
Ando onde há espaço
Meu tempo é quando."

sábado, 20 de março de 2010

Fernando Pessoa

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos
caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia:
e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.” ·

sexta-feira, 19 de março de 2010

Somente po Amor

“Que nome se dá a essa falta, esse vazio nostálgico, dolorido e bom que invade a alma e toma conta do momento?
Essa viagem que fazemos sem malas e documentos e que nos leva e nos trás, cheios de amor e de não sei o que?
A saudade é uma prova, um certificado carimbado e assinado embaixo de que não estamos inteiramente sós e nem vazios. As pessoas vêm e vão e ficam assim se prolongando em nós, existindo pela eternidade do nosso caminho. E amanhã ou depois, quando tudo o que sobrar em nós forem pedaços do passado, teremos esse coração rico em histórias que nos farão rir sozinhos e nos sentir vivos.
Aprendemos assim que sentir saudade é respirar o amor que plantaram em nós. E viver depois repletos desse amor para a vida toda.
Só por amor construímos nossa vida...
Só por amor escolhemos o nosso destino...

Portanto entrega tuas mágoas ao teu sonho e sai por aí amando tua vida com felicidade.
Abre as portas da tua vida e deixa o amor entrar e fazer bagunça no teu coração.
Entra no jogo e vive, pois não há alternativa mais sensata do que se abrir para o mundo, livre, intenso, sem medo de lágrimas, pelo prazer de ter uma vida.

Olha o caminho que te espera...
Abre teu coração, pois que o amor anda por aí, zanzando, cercando-te, doidinho para pousar no teu caminho.
Mas, por amor, não se espera recompensas,
Planta o teu verso sem, esperar a rima alheia.
Planta teu jardim, mesmo que ainda não tenhas vaso.
Não me interessa o P, da pontuação máxima,que importa marcar uma ou duas opções em um teste qualquer, qual é o mérito meu camarada de entrar em lugares proibidos,de passar por onde não se pode passar, de questionar qualquer padrão ou regra?o que o mundo precisa nesse momento é de amor, amor mesmo, aquele amor verdadeiro, incondicional, sabe porque? milhares de pessoas morreram vitimas dos mais terríveis acidentes e morrem todos os dias assassinadas, pela falta de amor.O amor não questiona, não se pergunta, não se explica, não há funcionamento para ele.Quando milhares de seres humanos estão nesse momento internados, mutilados, sem casa, família, sem esperanças; quando milhares de crianças, perderam seus pais, suas casas, seus documentos, não sabem nem quem são,não sabem seus nomes? quando temos que ver isso e quase tão pouco ou nada a fazer de que nos interessa o P da percepçao?Precisamos, de Amor.

Semeia teus grãos, antes que a fome apareça.
Tu és o dono e o condutor da tua vida.

A vida_ este espaço de tempo entre o choro dos que chegam e o choro dos que ficam...
Tu é quem deves decidir sobre tua vida.

E que tu decidas por Amor!
Pois só o Amor vale á pena!”