Ana

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sábado, 28 de agosto de 2010

AVES E ALMAS

Aves e Almas

As metáforas, conforme certa vez definiu um poeta,são pontes poéticas que o amor constrói...e que fazem ligação entre coisas e conceitos.
As escrituras sagradas das diferentes tradições religiosas não raramente lançam mão de metáforas para tornar mais claro o entendimento das verdades do mundo espiritual.
Metáforas_ pontes poéticas que o Amor constrói e que fazem ligação entre coisas e conceitos.
E dentre as metáforas poéticas que os versos sagrados utilizam, uma das mais belas é uma passagem dos textos da Fé Bahá’í... que compara o corpo físico a uma gaiola, e o espírito a uma ave que nela habita.
“Imaginar que o espírito pereça ao morrer o corpo, é como imaginar que o pássaro morra ao quebrar-se a gaiola.”
“Nosso corpo é apenas a gaiola, enquanto o espírito é o pássaro.Nada tem o pássaro que recear, porém com a destruição da gaiola.”
A morte física_ um mergulho no infinito, a hora de voar...
O suave vôo das aves é uma metáfora visual a nos sussurrar que a alma é livre das limitações impostas pela matéria.
Uma metáfora visual e poética que se revela aos que se dispõem a enxergar além do que os olhos podem.
Uma metáfora.
E ao deslizar pelo céu, as aves nos recordam dos nossos entes queridos que já partiram.
Todos os que deixaram para trás este mundo de provações e caminhadas,sonos e vigílias, noites e dias, esperanças...
E as aves nos recordam ainda que em breve também chegará a nossa hora de voar.
Da força das asas depende a altura a que se pode chegar.
O Corpo, frágil argila, sofre os efeitos do tempo.A Alma puro sopro, é eterna.
Aproveitar os nossos breves e incertos dias para alimentar a nossa alma com coisas boas.
Uma dieta espiritual farta de Amor e Bondade, Caridade, Pureza, Compaixão, Perdão e Justiça.Virtudes, Gratidão, Bem-Aventuranças.De modo que, quando a hora derradeira bater á nossa porta, possamos voar e com asas limpas e puras até as mais sublimes alturas.Portanto não há nada a temer e nem há nada que se perder...Estamos de passagem para crescer, aprender e evoluir e um dia nosso encontro será em algum lugar além do arco-íris, acima das chaminés

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Deus no mundo de hoje...

Se Deus tivesse vivido no mundo de hoje, ele estaria respondendo a recursos, apelos, rogatórias, precatórias, mandados de segurança, liminares e teria de explicar em inúmeras audiências sua decisão de expulsar Adão e Eva do Paraíso, apenas por transgredir uma lei arbitrária, sem nenhum fundamento jurídico: ”Não Comer o Fruto do Bem e do Mal.”.
Se ele não queria que isso acontecesse, porque colocou a tal árvore, no meio do jardim e não fora dos muros do Paraíso?
Os advogados de Adão e Eva acusariam Deus de: ”Omissão Administrativa”, porque além de colocar a árvore em local errado, não a cercou com avisos, barreiras, deixando de adotar os mínimos requisitos de segurança e expondo todos ao perigo. Também poderiam acusa-lo de indução ao crime: ”Ele chamou a atenção de Adão e Eva para o exato local onde se encontrava. Se não tivesse dito nada, gerações e gerações passariam por esta Terra sem que ninguém se interessasse pelo fruto proibido”.
Mas Deus não agira assim.Pelo contrário, escreveu a Lei e achou um jeito de convencer alguém a transgredi-la, só para inventar o castigo.Sabia que Adão e Eva terminariam entediados com tanta coisa perfeita e mais cedo ou mais tarde iriam testar sua paciência.Ficou ali esperando, talvez porque Ele o “Todo Poderoso” também estava entediado com as coisas funcionando perfeitamente.Se Eva não tivesse comido a maçã, o que teria acontecido de interessante nesses bilhões de anos?
Nada!
Quando a Lei foi violada, deus ainda simulara uma perseguição como se não conhecesse todos os esconderijos possíveis.
“Onde estás?” Perguntara Deus;
“Ouvi seu passo no Jardim tive medo e me escondi, porque estou nu”,
Respondera Adão, sem saber que a partir dessa afirmação, passava a ser réu confesso de um crime.