Ana

Ana

segunda-feira, 7 de março de 2011

Posso perfeitamente ter caído numa tarde qualquer de algum para queda perdido ou quem sabe ter sido atirada por uma nave espacial, por total desapego ou por dedicação excessiva. Enfim algo que já não servia mais, um ser em desuso, desatualizado, desconfigurado, com recomendação urgente para se fazer uma formatação. Mas a emoção é sempre a mesma:Mãos frias, corpo tremendo,coração saindo pela boca,a cabeça não racionaliza,você quer se jogar no outro, se fundir, entrar,errar a porta, entrar no banheiro masculino e não se dar conta.Tomar uma vodca como se fosse água, pedir a conta e se lembrar que esqueceu a bolsa em casa.Você pergunta se fez muito frio, ou olha para o céu e repete aquela interminável frase:_Acho que vai chover! Qualquer coisa nesse momento pode ser útil, qualquer coisa, mas olha só, quer saber? Vai lá cara, vai lá e vive tudo isso, porque ninguém sabe se haverá outro dia de chuva. O amor não é um dia de sol, está mais para uma tempestade, mais para um terremoto, vendaval, qualquer acidente natural. Sobe essa escada sem elevador, entra na porta que estiver aberta, senta na cadeira que estiver mais próxima e não faz pergunta. Veste o primeiro moletom que você encontrar entra num ônibus qualquer porque o importante não é onde você vai descer, mas a paisagem que você verá durante o percurso. Quando descer em qualquer ponto abraça esse Amor, ainda que ele doa, ainda que ele queime, arda, sangre,ainda que falem, abraça assim mesmo, não solta, não escuta, perdoa. Deixa pra depois... aí você resolve se vai levar o guarda-chuva ou não.
Ah! Te falei meu nome?
Ana!

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